O conceito de saneamento tem
evoluído ao longo da história, relacionado, principalmente, ao contexto
político e social de cada estágio de desenvolvimento da sociedade.
Originalmente, sua característica fundamenta-se na promoção de ações que
busquem a melhoria das condições de saúde. Mais recentemente, com os rápidos
processos de urbanização das cidades brasileiras, a noção de saneamento passa a
incorporar questões que vão além dos aspectos sanitários, agregando, com maior
ênfase, a dimensão ambiental, com destaque à importância das intervenções para
a preservação e a conservação do meio ambiente. A partir de então fica
fortalecido, também, o papel essencial do saneamento na indução do
desenvolvimento sustentável e, por conseguinte, na melhoria da qualidade de
vida da população brasileira e na garantia da preservação dos recursos naturais
para as gerações futuras. Assim, pode-se considerar que o saneamento vincula-se
diretamente a questões sociais de extrema gravidade, à reversão de quadros
epidemiológicos alarmantes e à recuperação, melhoria, conservação e preservação
ambiental, com impacto imediato na saúde pública, traduzindo-se em melhorias
para o ambiente urbano e rural e da qualidade de vida da população. Sob essa
lógica, os serviços de saneamento devem ser concebidos em articulação com as
políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à
pobreza, de proteção ambiental, de recursos hídricos, de promoção da saúde, de
educação ambiental e outras de relevante interesse social, voltadas para a
melhoria da qualidade de vida v, para as quais o saneamento básico seja fator
determinante. Essa abordagem pressupõe, portanto, a estreita articulação do
setor com questões ambientais, econômicas, de saúde, de educação e de
desenvolvimento social.
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