Senadores pretendem investigar quais empresas de
telecomunicação que atuam no Brasil colaboraram com os Estados Unidos na
transferência de dados sigilososEstá prevista para hoje a
instalação da CPI da Espionagem, que terá 11 titulares e 7 suplentes e foi
criada para investigar denúncia de que o governo americano monitorou milhões de
e-mails e telefonemas no Brasil.
Ontem
senadores comentaram em Plenário a notícia de que serviços de inteligência dos
Estados Unidos espionaram a presidente Dilma Rousseff e assessores, conforme
denunciado no domingo pelo programa Fantástico, da Rede Globo.
O
Brasil seria um dos países mais vigiados, revelou o jornalista norte-americano
Glenn Greenwald, que vive no Rio de Janeiro, à Comissão de Relações Exteriores
(CRE) em agosto. Greenwald colaborou com a reportagem.
Ele foi
o responsável por expor programas secretos dos Estados Unidos com base em
dados vazados pelo ex-técnico da Agência de Segurança Americana (NSA) Edward
Snowden. Segundo o jornalista, documentos em análise, que podem ser divulgados
a qualquer momento, trazem informações estratégicas sobre a política e o
comércio do Brasil.
Vanessa
Grazziotin (PCdoB-AM), que propôs a apuração, afirmou que a CPI deverá
investigar quais empresas de
telecomunicação
no país estariam colaborando com os Estados Unidos por meio de transferência de
dados sigilosos e também avaliar medidas para aumentar a segurança da
informação.
— Nos
dedicaremos ao estudo, ao conhecimento do grau de segurança do nosso país em
relação a essas interceptações — disse a senadora.
Ontem
os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e das Relações Exteriores, Luiz
Alberto Figueiredo Machado, cobraram dos Estados Unidos explicações, por
escrito e formais, sobre as denúncias.
Eles
reiteraram ser inadmissível aceitar qualquer tipo de violação, mas evitaram
mencionar futuras providências que deverão ser tomadas contra os Estados
Unidos.
Fonte: Jornal
do Senado
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