Em comemoração ao Dia Nacional do Cerrado, 11 de setembro, o
secretário estadual do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, participou, nesta
quarta-feira (11), do seminário ‘Cerrado e Legislação Ambiental’, no auditório
do Instituto Federal da Bahia (IFBA), no município de Barreiras, com o objetivo
de debater sobre o Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir).
Segundo o presidente da Associação dos Irrigantes da Bahia
(Aiba), Júlio Busato, o evento pontuou
questões de ordens econômicas, ambientais e de legislação, no bioma cerrado.
"Trabalhamos todos os temas na área ambiental, os quais podem impactar direta ou indiretamente a
região oeste".
O secretário Eugênio Spengler abordou como são realizados os
cadastros pelos municípios e esclareceu um pouco mais sobre o Cefir. "A
iniciativa tem como principal objetivo cadastrar os imóveis rurais do estado da
Bahia e contribuir para um maior monitoramento ambiental em todo o estado.
Precisamos pensar no desenvolvimento econômico, sem deixar de lado a
preocupação com a sustentabilidade ambiental”.
Produção de grãos - A
diretora de Meio Ambiente da Aiba, Alessandra Chaves, informou que a região
oeste é responsável por 5% da produção de grãos e fibras, no país. "Isso
significa dizer que essa região vem crescendo de maneira ordenada e também se
preocupando com a conservação das áreas prioritárias".
Estiveram presentes durante o encontro técnicos do Instituto do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente (Ibama), produtores rurais, estudantes, professores, comerciantes,
prefeitos e secretários de meio ambiente de alguns municípios da região, dentre
outros.
Bioma – O
cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de
2.036.448 quilômetros quadrados, cerca de 22% do território nacional. A sua
área contínua incide sobre os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São
Paulo e Distrito Federal, além dos encraves no Amapá, Roraima e Amazonas.
Neste espaço territorial encontram-se as nascentes das três
maiores bacias hidrográficas da América do Sul - Amazônica/Tocantins, São
Francisco e Prata -, o que resulta em um elevado potencial aquífero e favorece
a sua biodiversidade. O bioma apresenta 8,21% de seu território legalmente
protegido por unidades de conservação; desse total, 2,85% são unidades de
conservação de proteção integral e 5,36% de unidades de conservação de uso
sustentável, incluindo RPPNs (0,07%).
Cultura - Além
dos aspectos ambientais, o cerrado tem grande importância social. Muitas
populações sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas,
quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros que, juntas,
fazem parte do patrimônio histórico e cultural brasileiro, e detêm um
conhecimento tradicional de sua biodiversidade.
Fonte: Secretaria de Comunicação
do Estado da Bahia
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