quinta-feira, 7 de novembro de 2013

POLÍCIA CIVIL INVESTIGA CARTA QUE AMEAÇA BAIANOS EM SANTA CATARINA



Carta circula nas redes sociais | FOTO: Reprodução/Facebook |



A Polícia Civil está investigando uma carta que ameaça baianos e circula em Brusque, no Vale do Itajaí, estado de Santa Catarina. Sem autoria declarada, a carta supostamente de moradores circula nas redes sociais há cerca de uma semana. Nesta quinta (7) ou sexta-feira (8), suspeitos devem ser ouvidos e um inquérito aberto, segundo o delegado Juscelino Carlos Boos. Conforme a polícia, titulado de “aviso para os baianos”, o documento faz ameaças aos migrantes nordestinos que moram no município e apresenta indícios de crime racial. Entre outros aspectos, a carta responsabiliza os baianos pelos problemas na cidade envolvendo, principalmente som alto durante as madrugadas.
De acordo com o delegado da Polícia Civil de Brusque, Juscelino Carlos Boos, ainda é muito cedo para dizer se foi uma brincadeira de mau gosto ou se foi efetivamente uma ameaça. “Estamos investigando a origem da carta, quem a fez circular e quem a escreveu, de qual site teria partido, como foi inserida na rede”, explicou ao site G1. Boos diz que a investigação é considerada complexa, pois já houve muitos compartilhamentos nas redes sociais. Foi através delas que a polícia soube do caso. A carta menciona ainda que moradores de Brusque teriam registrado boletim de ocorrência (B.O.) denunciando problemas com som alto na cidade. Entretanto, segundo a Polícia Civil, não há registro de B.O.s específicos sobre os casos.
A Polícia Militar está realizando um trabalho de comunicados através da imprensa local, principalmente através de rádios, para prevenir novas ações com o mesmo aspecto. De acordo com o coronel Heriberto Rocha Peres, comandante da Polícia Militar de Brusque, o objetivo é impedir que se propague a situação, que teria revoltado, além dos migrantes citados na carta, os próprios moradores de Brusque. “Alguém escreveu por dois ou três, não por toda a população. Estamos em um estágio avançado de legislação, não podemos permitir esse preconceito”, afirmou o coronel. Segundo ele, o Setor de Inteligência da PM está contribuindo com a Polícia Civil.
Fonte: Matéria postada por Jornal da Chapada  com informações do G1.


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