A empresa de telefonia TIM
foi condenada pela Justiça do Trabalho no Paraná a pagar uma indenização de R$
5 milhões a uma ex-funcionária, por danos morais. A companhia pode recorrer da
decisão. Segundo a autora da ação, ela tinha horários restritos para ir ao
banheiro, sofria ameaças de troca de horário por parte de sua supervisora caso
faltasse ao trabalho --mesmo que apresentasse atestado médico--, e tinha sua
avaliação de desempenho divulgada publicamente. De acordo com dados do
processo, além de precisar pedir permissão aos supervisores para ir ao banheiro
(e ter a autorização condicionada ao tamanho da fila de espera dos clientes),
as portas dos sanitários eram transparentes e um funcionário do sexo masculino
fazia a limpeza do local. A indenização de R$ 5 milhões, dada pelo juiz Felipe
Augusto de Magalhães Calvet, da 8ª Vara do Trabalho de Curitiba (PR), baseia-se
também nos precedentes da empresa. Segundo o juiz, a companhia já foi autuada
outras vezes pela prática de assédio moral organizacional, sendo condenada a
pagar valores de R$ 1.000 e R$ 10 mil, que, diz ele na sentença, parecem não
ter sido suficientes. Segundo consta no processo, a TIM afirma que sempre agiu
dentro dos limites legais. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa
informou que “já foi notificada e está tomando as providências de recurso”.
As informações são da Folha
de S. Paulo.
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