A
presidente da República, Dilma Rousseff, disse nesta quinta-feira, 7, que
"faz justiça" ao assinar o decreto de migração das rádios AM para a
frequência FM. "Faço justiça a milhares de radialistas e às rádios AM espalhadas
pelo país prestando serviços à população. Em muitas pequenas localidades do
Brasil essas rádios são os instrumentos de conexão entre as pessoas que
integram a nossa população. É importante que o Estado crie condições para que
continuem funcionando e se adaptem às novas tecnologias de
telecomunicações", afirmou.
De
acordo com a presidente, a migração vai melhorar a qualidade da transmissão
dessas rádios, que terão menos ruídos e interferências. "As rádios AM vão
manter seus ouvintes e até ganhar mais audiência, propiciando maior poder de
negociação com anunciantes. Além disso, com novos aplicativos, poderão
transmitir para celulares e tablets via internet, chegando também às novas
gerações que utilizam esses aparelhos", completou.
O
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, avaliou que a melhor qualidade do
sinal de transmissão FM gerou ao longo dos anos um menor interesse pela
frequência AM, que vem perdendo audiência. "Por exemplo, alguns rádios de
veículos nem sintonizam mais a AM", destacou, durante a solenidade de
assinatura do decreto de migração das rádios.
Segundo
ele, o decreto possibilita a extinção do serviço AM em caráter local, migrando
para FM. "O ministério tem se esforçado em políticas que incentivem a
modernização do setor de radiodifusão. Os interessados poderão solicitar a
mudança a partir de 1º de janeiro de 2014. Quem quiser continuar no AM poderá
solicitar ampliação de cobertura para caráter regional e nacional",
afirmou.
De
acordo com Bernardo, haverá uma fase de transição na qual os radiodifusores
poderão transmitir nas duas frequências, até que a população se adapte.
"Acreditamos que essa será uma transição rápida. Quero chamar atenção para
um ponto da maior relevância: na hipótese de não haver canal de rádio
disponível na localidade, serão utilizadas as frequências dos canais 5 e 6 da
televisão", acrescentou.
O
ministro explicou que futuramente outras medidas terão de ser adotadas para
garantirem que os aparelhos de rádio possam sintonizar essas frequências. Já
sobre o modelo brasileiro de rádio digital, Bernardo afirmou que novos testes
ainda serão realizados pelo ministério em 2014.
Fonte: Agência Estado, Eduardo Rodrigues e Rafael Moraes
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