quarta-feira, 16 de outubro de 2013

PREÇO DE CDs e DVDs PODE CAIR 30% COM NOVA EMENDA

A Emenda Constitucional 75, promulgada ontem, poderá reduzir os preços de CDs e DVDs. Originária da PEC da Música, a emenda garante imunidade tributária a fonogramas e videofonogramas produzidos no Brasil com obras musicais de brasileiros ou interpretados por brasileiros. O benefício se aplica inclusive à fase de prensagem e comercialização e ao comércio de
O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que a queda nos preços pode chegar a mais de 30%, ampliando o acesso popular às obras e contribuindo para a recuperação da indústria fonográfica, que sofre com a pirataria.
— Para não desafinar, é preciso que gravadoras e toda a indústria repassem a isenção aos produtos — afirmou.
Para comemorar a conquista, mais uma vez artistas se juntaram a senadores e deputados, como na votação final da proposta, há duas semanas. Participaram Sandra de Sá, Rosemary e Fagner, este com lugar à Mesa.
Também esteve presente a ministra da Cultura, senadora licenciada Marta Suplicy (PT-SP).
Zona Franca
Depois de quase sete anos, a PEC da Música foi aprovada no Senado sem os votos favoráveis apenas da bancada do Amazonas, que teme prejuízos à Zona Franca de Manaus. As obras musicais vão ficar livres de ICMS e ISS, entre outros — uma isenção já assegurada a livros, jornais, periódicos e papel de impressão.
Renan lembrou que a indústria fonográfica nacional chegou a ser a quinta maior do mundo, mas hoje ocupa a 12ª posição. O faturamento, que chegou a US$ 1 bilhão por ano, caiu para não mais que US$ 300 milhões.
— Essa é uma medida de estímulo que precisa ser implementada integralmente — afirmou o senador.
O presidente da Câmara, Henrique Alves, disse que a emenda vai gerar mais postos de trabalho. Ele ressaltou que a carga tributária sobre produtos musicais chegava a 30% do preço cobrado ao consumidor.
Aos que questionam a nova medida, sob o argumento de que a imunidade prejudicará o país, Alves respondeu que a atual arrecadação de tributos sobre o produto fonográfico representa menos de 0,001% do produto interno bruto (PIB) nacional.

Jornal do Senado

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