Uma equipe multidisciplinar formada por técnicos da Universidade
Federal da Bahia (Ufba) e do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural
(Ipac), vinculado à Secretaria de Cultura do Estado (Secult) visita, esta
semana, os seis municípios da Chapada Diamantina inclusos na segunda etapa do
projeto ‘Circuitos Arqueológicos’.
O objetivo é estreitar laços com as prefeituras e suas
secretarias de Cultura, vereadores e lideranças comunitárias, além de
apresentar o projeto de forma mais detalhada e as ações previstas. A
programação teve início na segunda-feira (7) e se encerra nesta quinta (10).
Nesta fase integram o projeto os municípios de Seabra, Boninal,
Ibicoara, Piatã, Mucugê, Andaraí e Utinga. “As visitas desta semana têm um
sentido de aproximação e diálogo”, explica a coordenadora de Articulação e
Difusão (Coad) do Ipac, Carolina Passos, que participa da iniciativa para falar
sobre o papel institucional do instituto.
Os seis municípios visitados na primeira etapa foram Iraquara,
Lençóis, Morro do Chapéu, Palmeiras, Wagner e Piatã. Nesta segunda etapa também
participam as secretarias estaduais do Meio Ambiente (Sema), Educação da Bahia
e Turismo (Setur).
Durante as visitas, a equipe do Ipac distribui o folder dos
‘Circuitos Arqueológicos’, a 4ª edição revista e ampliada do folder ‘Patrimônio
Cultural’, que, pela primeira vez, reúne os bens culturais protegidos pelo
Estado e União, na Bahia, e o flyer do Sistema
de Patrimônio Cultural (Sipac, patrimonio.ipac.ba.gov.br), que disponibiliza
todas essas informações on line para interessados de qualquer parte do mundo,
via internet.
Meio ambiente e patrimônio – O projeto começou em 2010, com proposta
de unir os bens naturais, arqueológicos e culturais da região, para criar
roteiros de visitação, buscando parceria entre os poderes públicos,
empresariado e comunidades. A ideia é conseguir a conservação desses bens e a
boa recepção turística, via desenvolvimento sustentável.
Além dos bens paisagísticos e naturais, a Chapada detém
importante acervo arquitetônico-urbanístico dos séculos 18, 19 e 20, com
algumas da cidades e vilas tombadas como Patrimônio Cultural do Brasil, via
Ministério da Cultura (MinC).
Até agora, o projeto sensibilizou 1,8 mil pessoas, treinou 450
multiplicadores, mapeou 67 sítios de pinturas rupestres, promoveu 43 oficinas,
resultando em nove roteiros de visitação e nove exposições na região. Mais
informações podem ser obtidas na Coordenação de Articulação e Difusão (Coad) do
Ipac pelo telefone (71) 3116-6945, o e-mail coad.ipac@ipac.ba.gov.br, o site www.ipac.ba.gov.br, o
Facebook Ipacba Patrimônio e Twitter @ipac_ba.
Maiores altitudes - Para
o coordenador técnico dos ‘Circuitos’, o arqueólogo e professor da Ufba, Carlos
Etchevarne, é fundamental entender a Chapada como local de indícios da ocupação
humana de grande valor histórico. “O projeto é uma forma de garantir que as
pessoas façam turismo e tenham acesso à informação de preservação para que
futuras gerações entendam esse passado”.
Com território formado há 1,7 bilhão de anos, a Chapada
encontra-se a cerca de 400 quilômetros de Salvador, detém as maiores altitudes
do Nordeste brasileiro - com pontos de mais de dois mil metros de altura -,
enorme variedade ambiental e significativas edificações.
Fonte: Secom/Ct@secom.gov.ba.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário