Integrantes
da organização “Fórum Pensando em Lençóis para 2030” estão criticando a
implantação do Centro Público de Economia Solidaria (Cesol) no município de
Seabra, na Chapada Diamantina. Para a organização é natural que Seabra atraia
alguns serviços públicos de maior complexidade e demanda, já que possui uma
população quatro vezes maior que o município de Lençóis.
“O
que não dá para entender é que uma cidade mais nova, com graves problemas de
abastecimento de água e sem atrativos turísticos como Seabra ganhe de Lençóis
as concorrências como a da implantação do Cesol da Chapada Diamantina. Com todo
o respeito que merecem nossos bravos vizinhos seabrenses e os técnicos da Setre
[Secretária Estadual de Trabalho Emprego e Renda] responsáveis pela escolha, o
Cesol da Chapada estaria, sob qualquer ponto de vista, muito mais bem instalado
no distrito de Tanquinho”, diz um dos membros do Fórum Pensando em Lençóis,
Jânio Azevedo.
Azevedo defende desde
o início a implantação do referido empreendimento no distrito de Lençóis.
“Quando defendemos Tanquinho, pensamos na viabilidade financeira e social, na
localização estratégica em relação aos 27 municípios que integraram a
jurisdição e no grande fluxo de turistas que poderia consumir os bens
produzidos de forma coletiva por artesãos, agricultores e demais cooperativas”,
continua Jânio Azevedo. Segundo Azevedo, foi esse entendimento que a
Organização levou ao governo da Bahia quando participou da concorrência por
meio da Organização Não Governamental, Impac.
“Não
abrimos mão de defender, a despeito do resultado da licitação. Não bastassem
todas as vantagens competitivas já apontadas, temos ainda a estrutura já pronta
do prédio construído há oito anos para abrigar uma unidade de saúde e que hoje
se apresenta em completo estado de abandono. Seabra ganhou o Cesol, mas ainda
não iniciou a implantação. Dá tempo de virar esse jogo, ou ao menos de mostrar
que Tanquinho pode funcionar como subsede e polo irradiador do Cesol de Seabra.
Para tanto, bastam apenas mobilização social e vontade política”, completa
Jânio Azevedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário