sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

SETRE LANÇA CARTILHA SOBRE ASSÉDIO MORAL NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA



O que é assédio moral? Como ele se dá no ambiente de trabalho? Como o trabalhador pode saber se está sofrendo assédio moral no trabalho?
Essas e outras questões sobre assédio moral, um dos temas mais atuais do mundo do trabalho, estão detalhadas na nova cartilha da Coleção Trabalho Decente. A publicação da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) será lançada na próxima terça-feira (16), às 14h, no auditório da OAB-BA, na Praça da Piedade, em Salvador.
 No evento estarão presentes representantes da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Sindicatos dos Bancários, comerciários e dos Trabalhadores em Empresas de Telemarketing, além de integrantes da Agenda Bahia do Trabalho Decente (ABTD).
 Na apresentação da cartilha, o secretário estadual do Trabalho, Nilton Vasconcelos, destaca que a publicação “surge da compreensão de que não é possível discutir trabalho decente se ainda persistem práticas que violam a dignidade do trabalhador, provocando-lhe angústia e sofrimento”.
Segundo ele, “o assédio moral deve ser compreendido em toda a sua complexidade, enquanto violação aos direitos dos trabalhadores que, além de prejudicar as relações humanas e degradar o ambiente de trabalho, afeta a saúde dos trabalhadores e compromete a produtividade da empresa”.
 De acordo ainda com o secretário, a proposta da Bahia de colocar o trabalho como central na estratégia de desenvolvimento perpassa o conceito do trabalho decente, “de modo que este trabalho venha a assegurar a remuneração adequada, além da liberdade, igualdade e segurança para pessoa que vive do seu trabalho e também para sua família”.
A garantia de um ambiente de trabalho seguro e saudável exige que seja assegurado para o trabalhador condições para que ele possa desenvolver suas atividades sem ser alvo de condutas nocivas e de um ambiente hostil, como enfatiza Vasconcelos.

Impacto - Para advogada e professora universitária, Cínzia Barreto de Carvalho, que produziu e cedeu o conteúdo da cartilha, “o impacto das enfermidades e acidentes decorrentes de relações de trabalho, onde se pratica o assédio moral, não atinge apenas os trabalhadores, mas também a Previdência Social e as próprias organizações privadas e públicas que permitem ou não coíbem tal prática”.
 Barreto considera de fundamental importância esclarecer e encorajar os trabalhadores para que eles possam enfrentar o ambiente hostil e a prática do assédio moral. “Por isso, organizamos os textos da cartilha em forma de perguntas e respostas com o objetivo de esclarecer e apoiar os trabalhadores que sofrem ou testemunhem situações desta natureza”.
 A coordenadora da Agenda Bahia do Trabalho Decente (ABTD) e também produtora da cartilha, Patrícia Lima, afirma que observa-se uma grande dificuldade dos envolvidos (chefes e subordinados) em lidar com as diferenças, compartilhar regras de convívio coletivo e respeitar o colega e abordar as situações de modo aberto. “Daí, a criação de um ambiente favorável ao assédio moral”.
As informações são da Secom Ct (ct@secom.ba.gov.br)

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