segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

COMUNIDADES QUILOMBOLAS DA CHAPADA DIAMANTINA SE REUNIRAM EM SEABRA


 “Vez e voz dos Quilombolas” e “Educação Cidadania e Igualdade: Caminhando juntas por um mundo mais justo”, esses foram o tema e o lema do Encontro de Comunidades Quilombolas do Território da Chapada Diamantina que reuniu cerca de 250 representantes de 40 comunidades remanescentes de quilombos dos municípios de Seabra, Piatã, Mucugê, Boninal, Palmeiras, Ibitiara, Lençóis, Bonito e Souto Soares, no dia 28 de novembro de 2013, no auditório do campus da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) em Seabra, a 456 quilômetros de Salvador.










A iniciativa, além de integrar as atividades do mês da Consciência Negra, fez parte das ações do programa estadual Vida Melhor, através do convênio de fortalecimento institucional e organização das comunidades quilombolas. O acordo foi firmado com a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir), através do Projeto de Inclusão de Comunidades Remanescentes de Quilombos/Projeto Quilombolas e o Conselho Estadual das Comunidades Quilombolas da Bahia (CEAQ).

Participaram representantes da CAR, CEAQ, Conselho Territorial das Comunidades Quilombolas, Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) e outras autoridades e lideranças locais.

O presidente do Conselho Estadual Quilombola, João Evangelista, falou que a participação das diversas instituições presentes pode contribuir para o esclarecimento das dúvidas das lideranças das comunidades e melhorar a vida dos quilombolas. “A junção com associações, movimentos sociais, órgãos públicos e instituições de ensino, é indispensável para que as comunidades tenham o suporte técnico necessário”, salientou.

Segundo uma das líderes da comunidade Olhos D’Água do Basílio, em Seabra, Jaci Maria dos Santos, o encontro é sempre uma oportunidade de para que as comunidades possam tirar as dúvidas existentes. De acordo com um dos líderes da comunidade de Baixão Velho, o encontro é um espaço de união entre as comunidades que lutam por melhorias.

Durante o encontro foram realizadas quatro oficinas temáticas: Regularização dos Territórios; Estatuto da Igualdade Racial; Violência contra a mulher; e Juventude e participação. Como resultados das palestras e oficinas os participantes apresentaram demandas das comunidades referentes ao acesso às políticas públicas como inclusão digital, saúde, infraestrutura, formação de professores, incentivo à educação continuada dos jovens, além de pré-vestibular para jovens quilombolas e outros da zona rural.

Foram apresentadas também como necessidades das comunidades o apoio a manifestações culturais e construção de centros multiuso para cultura, espaço de convivência e biblioteca, projetos de geração de emprego e renda, acesso aos meios de comunicação, ampla divulgação da lei Maria da Penha, através da promoção de encontros com mulheres nas próprias comunidades e trabalhar a autoestima dessas mulheres, entre outras demandas.
Fonte: http://www.chapadanoticias.com.br

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