terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O PRECONCEITO E AS SUAS CONSEQÜÊNCIAS



Da maneira como algumas pessoas tratam o problema, o preconceito parece o menor deles o que não é verdade. O preconceito desde o começo dos tempos causa fome, miséria, ódio, raiva, politicagem, egoísmo e inveja.
– Só pensar! Não, não estou fazendo uma tempestade num copo d’água: o preconceito de um país com outro, de uma raça com outra ou de uma religião com outra começa de um preconceito de um indivíduo com outro e que se transforma num nesses grandiosos problemas que acabam muitas vezes dizimando toda uma geração de seres humanos.

É uma palavra que parece comum, mas é muito pesada e causa grandes conseqüências, se verificarmos a história da humanidade, constataremos o quando foram danosas as ações preconceituosas de muitos sistemas e pessoas hipócritas que escondiam e disfarçavam tais atitudes que foram responsáveis por inúmeros genocídios. Existem, também, aqueles que escancaradamente agem de forma preconceituosa sem, sequer, dá satisfação à sociedade dos seus atos grotescos de descriminação, segregação e desprezo.

O preconceito nasceu com o homem. Ele vive intrínseco na personalidade de muita gente. Na idade média era claro o preconceito que a Igreja Católica tinha com os evangélicos chamados huguenotes (massacre de São Bartolomeu) e outros segmentos religiosos, com o pretexto de que eles eram hereges. Essa Chacina pode ser vista no filme A Rainha Margot, de Patrice Chéreau que a retrata com muito realismo. Claro que no começo existiam outras razões, mas acabou mesmo no preconceito. Constatamos deste modo, que a própria religião que tanto prega a igualdade e respeito aos nossos semelhantes, em função da descriminação matou e deixou seqüelas indeléveis em muitas pessoas no período da “Santa-diabólica Inquisição” era preconceituosa. Faziam um julgamento antecipado (principio básico do preconceito) dos miseráveis, a fim de extorquir todos os seus bens.

Em 1945 (Segunda Guerra Mundial) O chefe nazista alemão Adolf Hitler, perseguiu e matou mais de seis milhões de judeus, ciganos e raças que ele considerava inferiores e esquálidas. Esses não podiam se juntar com a raça ariana que no seu entender era pura. No século XVIII, a França vivia uma crise social muito grande em função do preconceito que o primeiro e segunda Estado tinha para com o terceiro que pagava todas as contas do clero, nobreza e rei, culminando numa grande revolta que fez suscitar a Revolução Francesa (1789) liderada Isidore de Robespierre que também depois de assumir o poder agiu de maneira preconceituosa, absolutista e tirana. Esse foi preso e guilhotinado, exatamente o que faziam com as pessoas que o contrariassem. A Apartheid na África deixou por mais de vinte anos na prisão o líder Nelson Mandela. Goottmbergue Mangueira
Colunista do Jornal Desafio – Serra Talhada contempla em suas matérias e textos públicos que, talvez exista alguém que jamais entenda tudo isso como preconceito; mas não passa de dobrez, para encobrir desatinos dessa natureza. Não há sociedade, sistema, religião ou filosofia que sobreviva tendo como base o preconceito. No Brasil há inúmeros casos de preconceitos que trouxeram ou trazem problemas gravíssimos para a nossa sociedade. Por exemplo, em algumas escolas particulares, principalmente, há um grande preconceito para com alunos de baixa renda. Tantos seus pais, como eles mesmos recebem um tratamento “diferenciado” daqueles que têm um poder aquisitivo melhor. O racismo, também, ainda existe no Brasil em longa escala. Se tiver um dinheirinho no bolso ou no banco, o negro fica moreno e o moreno fica branco. Temos que acabar com a idéia de que só o outro é preconceituoso. Cada um de nós de tem reservado em nosso íntimo um pouco de preconceito com alguma coisa ou alguém. Apenas fazemos o possível para que as pessoas não percebam. Não façamos dessa atitude improfícua, um instrumento de luta pelos nossos ideais, mas lutemos para expurgá-la de nossa vida; pois mais do que um veneno espiritual, ela é o ópio da alma e da sociedade. Se quisermos efetivamente construir um mundo melhor, sigamos o exemplo de Martin Luther King e Louis Farrakhan, líderes negros, grandes nomes da história na luta contra o racismo no mundo e nos seus países. (Esses últimos, organizaram uma marcha com mais de um milhão de pessoas em 1995, na capital norte americana) É de King a seguinte frase: I have a dream – Eu tenho um sonho: que um dia o negro seja visto, não pela tonalidade de sua pele, mas pelo seu caráter e personalidade.

Que possamos definitivamente entender o quanto o preconceito nos faz mal, humilha e transforma o ser humano num trapo. Devemos trocar o pensamento que separa e despreza, pelo que diverge, mas une. Chega de preconceito. Que pensemos diferentes, porém, devemos ter cuidado para que isso não se transforme em preconceito. O preconceito tem vários radicais, mas só a ignorância, já seria suficiente; pois dela gera-se quase todos os males sociais, humanos e espirituais que conhecemos.

O egoísta por ignorância assume uma posição preconceituosa da coletividade, achando que trabalhar em grupo, por exemplo, não é uma boa idéia. A falta de conhecimento imposto pela intransigência no momento de ouvir alguém falar sobre a importância da prática da solidariedade ou adquirido de outras fontes, não somente no trabalho, mas na vida em todos os seus setores, o faz mergulhar no abismo do preconceito, pois antecipadamente acredita que isso não é bom.

A pessoa egoísta é um ignorante sem o mínimo de sensibilidade. E não respeita ninguém. Todos que se propõem a enfrentá-lo passam a não ter nenhum valor para ele.
O medo é a insegurança que o indivíduo tem no momento de encarar os desafios que a vida coloca diante dele. É, também, fruto da ignorância que ao longo da vida o desestrumentalizou, ou seja, arrancou-lhe a coragem, a determinação e força, necessárias as suas conquistas.
A submissão da mulher durante muito tempo, que na verdade nunca foi um princípio ou tradição, mas sim um preconceito da sociedade para com ela é que boa parte das mulheres aceitou como um fundamento da ética moral da sociedade e dos princípios da unidade da família é nada mais nada menos do que ignorância. A prova de que isso não era eixo de organização moral da sociedade é que esses “dogmas” estão se acabando e a mulher está cada vez participativa e contribuindo melhor para o desenvolvimento social do nosso país. Afastando- se cada vez mais daquela imagem estereotipada de simples dona de casa (motorista de fogão) O preconceito, produto da ignorância, a deixou por muito tempo à margem da própria vida e do progresso humano e profissional.
“Na base de qualquer preconceito contra uma cultura, um povo ou uma raça está sempre à ignorância, e a ignorância, tal como a sabedoria, não tem nacionalidade”.
Como podemos constatar, a ignorância constrói o preconceito que destrói todos os meios de crescimento humano, transformando o homem num ser irracional, perigoso e comprometedor de sua própria existência.
 Preconceito é uma das palavras mais utilizadas hoje em dia, mas não é pelo seu uso exagerado que deixa de ser a melhor noção de discriminação que existe. A discriminação é a mais eficaz arma do preconceito e o seu objetivo é marginalizar, renegar grupos sociais com características diferentes.
O tema é diverso e contraditório, e prejudica a sociedade em geral. De acordo com a origem da palavra, Preconceito (“Pré” + “Conceito”) as pessoas julgam e “rotulam” algo ou alguém antes de conhecer. Roupa, cor de pele, orientação sexual e estrato social continuam a ser objetos de marginalização por parte de muitas pessoas. O nosso corpo e a própria sexualidade ainda são temas abordados com medo e apreensão.
Um dos mais comuns preconceitos, num país onde a desigualdade econômica se torna cada vez mais visível, é o social. A disparidade entre as classes sociais e a estratificação das mesmas torna-se algo impossível de nos passar ao lado no dia-a-dia. Bairros sociais construídos ao lado de condomínios de luxo são situações que em vez de promover a igualdade só têm salientado ainda mais as diferenças socioeconômicas existentes.
Quantas vezes não ouvimos pessoas ricas discriminarem pessoas de baixa classe social, com frases do tipo “Isso é coisa de pobre” ou vice-versa. Ao abordarmos o preconceito racial e o preconceito religioso é inevitável tocarmos no seu caráter hereditário. Neste caso o passado serve de veículo ao ódio, transportado de uma família para outra, de geração para geração, criando um segmento, uma tradição. Estas tradições que são passadas muitas vezes pela religião.
O preconceito por um credo ou religião está firmemente instalado em várias partes do mundo, é mais antigo do que o racismo, datado já na era de Cristo, ou seja, há dois mil anos atrás. Hoje em dia, o maior exemplo deste preconceito são os conflitos no Oriente Médio. A luta entre judeus e islâmicos custa dezenas de vidas diariamente. Grupos extremistas no Iraque matam inocentes cruelmente somente porque são de outra religião.
Nem sempre o preconceito racial está associado a pretos e brancos, mas sim a uma diferença de cultura, etnia ou outras coisas que diferenciem raças dentro de uma mesma composição global. O preconceito racial começou com o ideal de que um ser ou uma raça era superior ao outro e por isso, tinha o direito a usar o mais fraco para trabalhos como servos e escravos.
Algumas pessoas vivem demasiado amarradas a idéias antigas e desproporcionadas do quotidiano. Há mais de 30 anos que Portugal é um país livre, contudo, a verdadeira liberdade continua ainda distante de grande parte deste nosso país.
Outro tipo de preconceito existente na nossa sociedade é o intelectual. Neste caso há uma discriminação de pensamento e escolhas, em que não se pode imaginar ou supor, querer ou desejar, abertamente, algo ou alguém.
Vemos o preconceito intelectual presente na opção sexual de alguém, a homossexualidade, seja ela assumida ou não, é uma escolha de cidadão para cidadão, como a cor do carro ou a roupa a vestir.
Este é um conceito que pode ser explicado pelos especialistas de várias formas, mas a mais comum é a de que este apenas existe quando não se pratica o respeito pelo próximo. Acredita-se que a convivência, através de uma atitude comunitária é, talvez, a forma mais adequada de se reduzir o preconceito.
De acordo com dados da Anistia Internacional, os portugueses não encaram a imigração com preocupação (3%), ao contrário de 21% dos seus homólogos europeus que salientam a imigração como um problema que o país enfrenta. Portugal (66%) surge como o segundo Estado Membro – após a Suécia (79%) – cujos cidadãos mais defendem que os imigrantes constituem um contributo importante para o país.
Em Portugal, as formas de discriminação mais significativas são a discriminação com base na orientação sexual (67%), na origem étnica (61%) e na deficiência (60%). A discriminação baseada na idade (48%), no gênero (47%) e na religião ou crenças (39%), ainda continua a ocorrer embora numa menor escala.
A luta contra o desemprego, o combate à pobreza e exclusão social, fatores que conduzem também à discriminação, estão entre as áreas consideradas prioritárias, pelos portugueses, para intervenção da União Européia.
Apesar da abertura e sensibilização dos portugueses, os dados disponibilizados por várias organizações que trabalham os vários tipos de discriminação indicam situações graves de desigualdade. Segundo Allport (1897- 1967 psicólogo norte americano) “O preconceito é o resultado das frustrações das pessoas, que em determinadas circunstâncias podem-se transformar em raiva e hostilidade. O resultado é o preconceito e a discriminação”.

Matéria reeditada sobre a fonte: Goottmbergue Mangueira
Colunista do Jornal Desafio – Serra Talhada e outras fontes  socialistas via internet de autoria não declarada.






Nenhum comentário:

Postar um comentário