Os trabalhadores da
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) na Bahia iniciam greve
por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (18), de acordo com o
Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos no Estado da Bahia
(Sincotelba). A decisão foi tomada na noite de quarta-feira (17), durante
assembleia realizada na Praça da Inglaterra, no bairro do Comércio. Segundo o
presidente da Sincotelba, Josué Canto, a greve foi deflagrada por duas
motivações: suposta ameaça de privatização e progressiva redução de direitos
dos funcionários da empresa. “Os Correios estão passando por todo um processo
de reestruturação sem que haja a participação dos trabalhadores. Além disso, há
uma precarização dos serviços em todo o estado”, argumentou.
Conforme
Canto, dentre as insatisfações dos trabalhadores, está a aprovação de uma
medida, válida a partir de abril deste ano, em que o desconto salarial
referente ao fundo de pensão sobe de 3,94% para 25,98%. “Descobriram um rombo
no fundo e agora querem penalizar os trabalhadores”, afirmou. Segundo o
Sincotelba, a previsão é de que 60% a 70% dos funcionários dos Correios parem
as atividades na Bahia. Em todo o estado, a empresa tem seis mil trabalhadores,
sendo que três mil deles estão em Salvador. “Estamos, nesta manhã, mobilizando
os trabalhadores que ainda não aderiram. Já pela tarde, temos um ato previsto
para ocorrer no Campo Grande, às 15h. Vamos sair em protesto até a Praça Castro
Alves”, disse.
Por
meio de nota, os Correios afirmam que não existem planos de privatização da
empresa. Na verdade, a estatal afirma que apresentou um projeto de
reestruturação interna, que não possui qualquer relação com o capital dos
Correios, que permanece 100% público. Os Correios ainda ressaltam que o projeto
de reestruturação faz parte do processo de revitalização e fortalecimento da
empresa, com base na legislação, para diversificar sua área de atuação, rentabilizar
a estrutura existente e garantir a sustentabilidade da empresa.
“Atualmente
estão em andamento projetos para criação de empresas para atuar nos segmentos
financeiro, de comunicação digital e de logística integrada. Essas instituições
serão administradas pela CorreiosPar – subsidiária de capital 100% estatal – em
um modelo de administração que já é adotado hoje por empresas públicas
brasileiras”, informa nota.
Devido
ao início da greve, os Correios apontam que o Tribunal Superior do Trabalho
(TST) determinou que as duas entidades que representam os trabalhadores –
Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e
Similares (Fentect) e Federação Interestadual de Sindicatos de Trabalhadores
dos Correios (Findect) -, mantenham efetivo mínimo de 80% em cada uma das
unidades localizadas nas bases de atuação, como também se abstenham de impedir
o livre trânsito de bens, pessoas e carga postal em todas as unidades
localizadas nas suas bases territoriais. O descumprimento da medida prevê multa
diária de R$ 100 mil. Na Bahia, a Sincotelba diz não ter recebido notificações
do TST sobre a decisão.
Mobilização nacional
Além da Bahia, a greve atinge outros estados. De acordo com os Correios, dentre os 36 sindicatos da empresa em todo o Brasil, 15 sindicatos, localizados em 12 estados, anunciaram realização de assembleias para deflagração de paralisação com base em assuntos que não afetam os interesses dos trabalhadores. “A empresa considera o movimento injustificado, já que todas as reivindicações estão sendo negociadas com representantes dos trabalhadores em reuniões mensais do Sistema Nacional de Negociação Permanente dos Correios e, em alguns casos, até mesmo com mediação do TST”, defendeu os Correios, por meio de nota. As informações foram extraídas na íntegra do Portal G1.
Além da Bahia, a greve atinge outros estados. De acordo com os Correios, dentre os 36 sindicatos da empresa em todo o Brasil, 15 sindicatos, localizados em 12 estados, anunciaram realização de assembleias para deflagração de paralisação com base em assuntos que não afetam os interesses dos trabalhadores. “A empresa considera o movimento injustificado, já que todas as reivindicações estão sendo negociadas com representantes dos trabalhadores em reuniões mensais do Sistema Nacional de Negociação Permanente dos Correios e, em alguns casos, até mesmo com mediação do TST”, defendeu os Correios, por meio de nota. As informações foram extraídas na íntegra do Portal G1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário