A
Chapada Diamantina é uma região de serras, protegida pelo Parque
Nacional da Chapada Diamantina, situada no centro do estado brasileiro da
Bahia, onde nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do
Rio de Conta. Essas correntes de água brotam nos cumes e deslizam pelo relevo
em belos regatos, despencam em borbulhantes cachoeiras e formam transparentes
piscinas naturais. O parque nacional é administrado pelo Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A
vegetação é exuberante, composta de espécies da caatinga semi-árida e da flora
serrana, com destaque para as bromélias, orquídeas e sempre-vivas.
A
Chapada Diamantina é composta por 25 municípios: Abaíra, Andaraí, Barra da Estiva, Boninal, Bonito, Ibicoara, Ibitiara,
Iramai, Iraquara, Itaetê, Jussiape, Lençóis, Marcionílio Souza, Morro do
Chapéu, Mucugê, Nova Redençã, Novo Horizonte, Palmeiras, Piatã, Rio de Contas,
Seabra, Souto Soares, Utinga e Wagner.
As
rochas da Chapada Diamantina fazem parte da unidade geológica conhecida como
Supergrupo Espinhaço, que tomou este nome por ocorrer na serra do Espinhaço, no
estado de Minas Gerais. Apresenta-se em geral como um altiplano extenso, com
altitude média entre 800 e 1.200m acima do nível do mar. As serras que compõem
a Chapada Diamantina abrangem uma área aproximada de 38.000 km² e são as
divisoras de águas entre a bacia do rio São Francisco (rios S. Onofre,
Paramirim) e os rios que deságuam diretamente no oceano Atlântico, como o Rio
de Contas e o Rio Paraguaçu. As montanhas mais altas do Nordeste brasileiro
estão na Chapada Diamantina: o Pico do Barbado com 2.033 metros, o Pico do
Itobira com 1.970 metros e o Pico das Almas com 1.958 metros.
A Chapada Diamantina nem sempre foi uma imponente cadeia de serras. Há
cerca de um bilhão e setecentos milhões de anos, iniciou-se a formação da bacia
sedimentar do Espinhaço, a partir de uma série de extensas depressões que foram
preenchidas com materiais expelidos de vulcões, areias sopradas pelo vento e cascalhos
caídos de suas bordas. Sobre essas depressões depositaram-se sedimentos em uma
região em forma de bacia, sob a influencia de rios, ventos e mares.
Posteriormente,
aconteceu um fenômeno chamado soerguimento, que elevou as camadas de sedimentos
acima do nível do mar, pressionada pela força epirogenética, tendo aos pouco um
sofrível erguimento ao longo de milhões de anos.
As
inúmeras camadas de arenitos, conglomerados, e calcários, hoje expostas na
Chapada Diamantina, representam os depósitos sedimentares primitivos; a
paisagem atual é o produto das atividades daqueles agentes ao longo do tempo
geológico. Nas ruas e calçadas das cidades da Chapada, lajes de superfícies
onduladas revelam a ação dos ventos e das águas que passavam sobre areais
antigos.
Alguns
atrativos naturais causam espanto e êxtase, como a Cachoeira da Fumaça e seus
380 metros de queda livre ou o deslumbrante Poço Encantado. Mas são tantas as
atrações que se pode optar entre visitar grutas, tomar banho de cachoeira,
fazer trekking em antigas trilhas de garimpeiros, montar a cavalo ou praticar
esportes e aventuras. A Chapada abriga, em seus vales e cumes, comunidades
esotéricas e alternativas como no Vale do Capão.
Alguns
atrativos naturais causam espanto e êxtase, como a Cachoeira da Fumaça e seus
380 metros de queda livre ou o deslumbrante Poço Encantado. Mas são tantas as
atrações que se pode optar entre visitar grutas, tomar banho de cachoeira,
fazer trekking em antigas trilhas de garimpeiros, montar a cavalo ou praticar
esportes e aventuras. A Chapada abriga, em seus vales e cumes, comunidades
esotéricas e alternativas como no Vale do Capão.
Caminhar
respirando o ar puro e admirando a paisagem é a principal opção dos turistas de
todas as partes que visitam a Chapada. Os lugares verdejantes guardam sempre
uma surpresa com águas cristalinas ou areias coloridas, belos morros, flores e
hortaliças que encantam pela beleza e viço.
Em
Igatu, a curiosidade se aguça em meio às ruínas da cidade fantasma, construída
com pedras que formam as paredes de pequenas grutas. Em Capão da Volta o
"morro da igrejinha" é um dos lugares mais visitados, por católicos e
todos que apreciam a beleza da Chapada.
Seus primeiros habitantes
foram os índios e no século 17 chegaram os negros e os portugueses, que
iniciaram uma economia baseada na exploração da agropecuária, e mais tarde, no
garimpo de diamantes.
A Chapada foi sendo povoada gradativamente por
grandes fazendas e comunidades quilombolas, até que foram descobertos o ouro e
o diamante, iniciando o ciclo do garimpo. A exploração do ouro perdurou por
quase um século. Nessa época, foi construída a chamada Estrada Real para
transportar o minério, que ligava a Chapada de Norte a Sul, de Jacobina a Rio
de Contas. Com o declínio da produção aurífera, começa a exploração dos
diamantes, responsável por trazer uma nova povoação à região, negociando com
mercadores franceses, ingleses e alemães, mas que durou apenas 26 anos. A exploração
da pedra começou em Mucugê, expandindo-se para o norte e para o sul, criando
novos povoados, como Barra da Estiva, Rio de Contas, Igatu, Andaraí, Lençóis
até Morro do Chapéu, definindo assim a região que passou a ser denominada de
Chapada Diamantina, fazendo alusão à abundância do mineral e a sua formação
geológica.
Por volta de 1870, o ciclo do diamante entra em
decadência e no início do século 20, o diamante de aluvião se esgota e se
inicia a era dos coronéis, em que as famílias dominantes disputavam o poder
sobre o território. A principal figura desta época foi a do Coronel Horácio de
Mattos, com memoráveis participações históricas, incluindo a ligação com
Lampião e a perseguição à Coluna Prestes.
Entre 1980 e 1996 a economia da região foi
reaquecida com base na extração mecanizada de diamante, que foi finalmente
proibida com a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina, dando início
ao turismo.
A cultura da Chapada Diamantina é rica e diversa, tornando-se uma das
principais características do local.
O Jarê é uma religião de matriz africana, mais especificamente um candomblé de caboclo, que existe exclusivamente na Chapada Diamantina, em alguns dos seus municípios. Uma de suas principais particularidades é o grande sincretismo religioso, com influência do catolicismo, da umbanda e do espiritismo kardecista. As origens do culto ocorreram em meados do século 19 e estão ligadas ao período da mineração, sendo muito praticado pelos garimpeiros.
O Jarê é uma religião de matriz africana, mais especificamente um candomblé de caboclo, que existe exclusivamente na Chapada Diamantina, em alguns dos seus municípios. Uma de suas principais particularidades é o grande sincretismo religioso, com influência do catolicismo, da umbanda e do espiritismo kardecista. As origens do culto ocorreram em meados do século 19 e estão ligadas ao período da mineração, sendo muito praticado pelos garimpeiros.
Atualmente, é possível conhecer o Jarê no Palácio de Ogum, uma casa de santo
situada em Lençóis, na região do Capivara, onde é possível acompanhar as festas
dos orixás.
Um
grupo de homens vestidos de branco e azul, como marujo, general e capitão,
desfilam pelas ruas cantando e dançando músicas que fazem alusão ao mar, as
batalhas, as cidades portuguesas e aos santos da Igreja Católica.
Em Lençóis é
possível conferir esse ritual na Festa do Senhor dos Passos.
A
Folia de Reis é formada por um grupo de pessoas que sai de porta em porta para
homenagear os três reis magos, geralmente de 24 de dezembro a 6 de janeiro.
Eles levam instrumentos como pandeiro e violão, para cantar, tocar e dançar
enredos que falam sobre amor, guerra e paz.
O Samba de Roda também foi um forte propagador dos conhecimentos da
cultura africana, como o culto aos orixás e a capoeira.
É uma das mais importantes manifestações culturais do povoado de Igatu e de outros municípios da região. Trata-se de um ritual que ocorre durante o período da quaresma.
É uma das mais importantes manifestações culturais do povoado de Igatu e de outros municípios da região. Trata-se de um ritual que ocorre durante o período da quaresma.
À
noite, os moradores saem às ruas e trilhas dos povoados envoltos em lençóis
brancos, para entoar cânticos em louvor às almas.
A capoeira está presente no dia-a-dia dos moradores da região. Em praticamente todos os municípios da Chapada Diamantina existem grupos que se apresentam nos centros das cidades, geralmente aos finais de semana.
À
noite, o centro de Lençóis e também nos centros e praças das cidades que compõe
a região, ficam repletos de mesas e cadeiras de bares, que formam um lugar
excelente para sentar com os amigos, conversar e degustar bebidas e petiscos.
Entre os lugares mais famosos está a Fazendinha & Tal, bar onde os diversos
sabores de cachaça são feitos artesanalmente na fazenda de George, proprietário
do local. O Bodega restaurante também está na lista de ambientes agradáveis
para fazer esse tipo de programa. Para completar, a Praça dos Garimpeiros e o
restaurante Sabor e Arte, em Mucugê, também são uma ótima pedida para se reunir
com os amigos.
O forró pé de serra é uma das danças típicas do nordeste e na Chapada Diamantina, com certeza, é a primeira opção para quem quer dançar. Quem gosta do estilo musical não poderá perder as apresentações de trios forrozeiros que ocorrem frequentemente no Salão de Festas – casarão antigo localizado na vila do Vale do Capão. Já os embalos de sábado à noite estão destinados aos Clubes e boites da região, mais conhecido como os inferninhos, uma desta casa noturna está localizada na Rua das Pedras, em Lençóis, que chama a atenção pela sua rusticidade e por ser um local onde turistas e nativos se divertem ao som de hits eletrônicos e música nordestina. Uma boa opção para antecipar esse programa, é ver a roda de capoeira no Mercado Cultural e comer um acarajé no Neco’s Bar.
Quando
se fala em atividades culturais, o Circo do Capão é um dos lugares mais
completos da Chapada Diamantina. Ele funciona como escola de diversas
linguagens artísticas e ao mesmo tempo como um centro cultural. As oficinas vão
desde perna-de-pau até frevo e maracatu, com grupos formados por crianças do
povoado, moradores e turistas. Além disso, ao longo do ano, são organizados
eventos para todas as idades, como shows de jazz, peças teatrais e, claro, as
apresentações circenses.
A culinária regional tem um toque especial com sabores
típico da região, como o (Godó de banana),um ensopado feito com
carne de sol e banana verde, que fica muito bem acompanhado com arroz, feijão,
farofa e salada.
A Farofa de
garimpeiro
Feita com carne do sol frita, essa farofa é bem temperada, sequinha e prensada, como uma paçoca. Uma delícia inventada pelos garimpeiros que se embrenhavam nas matas e precisavam de um alimento que os sustentassem por horas e fosse conservada por dois a três dias.
Feita com carne do sol frita, essa farofa é bem temperada, sequinha e prensada, como uma paçoca. Uma delícia inventada pelos garimpeiros que se embrenhavam nas matas e precisavam de um alimento que os sustentassem por horas e fosse conservada por dois a três dias.
Cortado de
Palma
A palma é um tipo de cacto muito difundido no sertão nordestino, utilizada para a alimentação do gado e também humana, principalmente nas épocas de estiagem. Na Chapada Diamantina, ela acompanha pratos típicos, como o godó de banana, e é servida refogada e picada em pequenos cubos.
A palma é um tipo de cacto muito difundido no sertão nordestino, utilizada para a alimentação do gado e também humana, principalmente nas épocas de estiagem. Na Chapada Diamantina, ela acompanha pratos típicos, como o godó de banana, e é servida refogada e picada em pequenos cubos.
Mel Nativo
Um dos principais produtos da Chapada Diamantina é o mel orgânico. A Associação de Apicultura do Vale do Capão possui certificado para produção de orgânicos e foi premiada nacionalmente. O mel Flor Nativa, produzido pela associação, pode ser encontrado também em cidades como Salvador, São Paulo e Brasília.
Um dos principais produtos da Chapada Diamantina é o mel orgânico. A Associação de Apicultura do Vale do Capão possui certificado para produção de orgânicos e foi premiada nacionalmente. O mel Flor Nativa, produzido pela associação, pode ser encontrado também em cidades como Salvador, São Paulo e Brasília.
Receitas de
Jaca
O pastel de palmito é uma iguaria exclusiva do Vale do Capão e a primeira impressão antes de comer, geralmente, é de estranhamento, mas logo cai no gosto dos turistas. Outro prato que surpreende é a moqueca de jaca, que substitui o peixe e/ou o camarão pela fruta, mantendo os demais ingredientes da receita.
O pastel de palmito é uma iguaria exclusiva do Vale do Capão e a primeira impressão antes de comer, geralmente, é de estranhamento, mas logo cai no gosto dos turistas. Outro prato que surpreende é a moqueca de jaca, que substitui o peixe e/ou o camarão pela fruta, mantendo os demais ingredientes da receita.
Cachaça
A Chapada Diamantina é produtora de uma das melhores cachaças do país. A bebida é exportada para diversos países e pode ser provada em bares e restaurantes da região. As principais marcas são a Cachaça Abaíra e a orgânica Serra das Almas. Em alguns lugares onde são produzidas, como em Abaíra e Rio de Contas, é possível visitar os alambiques na zona rural e conhecer a produção tradicional e artesanal da bebida. Informações: www.cachacaabaira.com
A Chapada Diamantina é produtora de uma das melhores cachaças do país. A bebida é exportada para diversos países e pode ser provada em bares e restaurantes da região. As principais marcas são a Cachaça Abaíra e a orgânica Serra das Almas. Em alguns lugares onde são produzidas, como em Abaíra e Rio de Contas, é possível visitar os alambiques na zona rural e conhecer a produção tradicional e artesanal da bebida. Informações: www.cachacaabaira.com
Café gourmet
A Chapada Diamantina possui uma produção reconhecida de café gourmet e especial, categorias da bebida e dos grãos considerados de alta qualidade. O motivo deve-se, principalmente, à altitude acima dos 1300 m, a maior do país para a produção de café, e ao clima ameno da região, ideal para o desenvolvimento da cultura. Já o município de Ibicoara, além do cultivo do produto de excelência, utiliza técnicas orgânicas que priorizam a preservação do meio ambiente.
A Chapada Diamantina possui uma produção reconhecida de café gourmet e especial, categorias da bebida e dos grãos considerados de alta qualidade. O motivo deve-se, principalmente, à altitude acima dos 1300 m, a maior do país para a produção de café, e ao clima ameno da região, ideal para o desenvolvimento da cultura. Já o município de Ibicoara, além do cultivo do produto de excelência, utiliza técnicas orgânicas que priorizam a preservação do meio ambiente.
Informações
extraídas dos sites: http://pt.wikipedia.org/wiki/Chapada_Diamantina,
www.guiachapadadiamantina.com.br, flor.nativa.blog.uol.com.br, com créditos de fotos extraídas da internet no site: guia da chapada e fotos da
Km Chapada - Ailton Lima e do Movidrone no facebook.
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