Os mais
recentes focos de incêndios na região da Chapada Diamantina seguem sendo
combatidos por brigadistas, voluntários, corpo de bombeiros, ICMBio e Inema.
Nesta sexta-feira (13), com a temperatura alta, o combate é cada vez mais
difícil. O fogo que começou na quinta-feira (12) em área do Rio Mucugezinho,
entre os municípios de Lençóis e Palmeiras, segue se alastrando. Em entrevista
ao jornal A Tarde, o chefe substituto do Parque Nacional da Chapada Diamantina
(PNCD), César Gonçalves, disse que “o incêndio é de grande proporção e preocupa
bastante”. Há diversos focos espalhados pela região, sendo que dois são combatidos,
mas em outros dois locais brigadistas não conseguiram chegar, já que as áreas
são de difícil acesso.
Ainda conforme publicação, as chamas avançaram em direção ao Vale
do Cercado, que fica próximo do Morro do Pai Inácio, na BR-242, famoso ponto
turístico da região. O fogo chegou a se aproximar de casas, mas foi logo
controlado. Por conta do incêndio, César Gonçalves não recomenda o acesso a
trilha entre Lençóis e o Morro do Pai Inácio. Os outros roteiros turísticos
ficam distantes das áreas afetadas pelo fogo. As chamas também atingiram uma
outra localidade conhecida como Ponem, onde há diversos brigadistas tentando
debelar o fogo. O incêndio chegou a atingir a margem da BR-242, que foi
interditada diversas vezes nesta quinta, mas as chamas foram contidas. De
acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a situação está controlada na
rodovia e a visibilidade na estrada não está comprometida.
O foco do
Morro Branco, no Vale do Capão, também preocupa os brigadistas. Segundo explica
César Gonçalves, o fogo continua na região em áreas de turfa (material de
origem vegetal, parcialmente decomposto). “Ainda há pequenos focos dentro de
vales, em áreas de turfa, onde a terra está pegando fogo. Não há como apagar,
vai queimar ao longo dos dias até que chova”, disse ao A Tarde.
Na publicação do jornal baiano, o chefe substituto do PNCD afirmou
que a preocupação agora é monitorar para evitar que o foco se espalhe para
outros locais. Gonçalves também alerta que os incêndios na Chapada são
criminosos. “Só é natural quando tem tempestade com raio, o que não aconteceu”,
explicou. Mas depois que o fogo é iniciado por alguém, os ventos fortes, ar
seco e clima quente favorecem a propagação das chamas.
Em
contato com o Jornal da Chapada, o brigadista Daniel Bastos Marrul aponta para
o trabalho em conjunto com as brigadas da Chapada Diamantina. “Estou chamando
um coletivo para pensarmos de forma prática, real e efetiva uma estratégia para
de fato combatermos os incêndios florestais que afetam a Chapada Diamantina
todos os anos”.
A ideia é justamente criar uma proposta para começar a trabalhar
para que nos próximos 50 anos ainda exista um meio ambiente em torno da região.
Os debates devem ser realizados por meio de uma Audiência Pública, que está em
fase de viabilidade envolvendo todos os órgãos. “Já estamos conversando com o
Parna Chapada Diamantina ICMBio, com o IBAMA, com a CIPPA, com a Secretaria de
Meio Ambiente de Mucugê, e com a Câmara de vereadores local”, completa Marrul.
O brigadista enumerou as brigadas e órgãos que atuam no fogo na
região da Chapada Diamantina e pede para que as associações de guias e
condutores e todas as brigadas de municípios também busquem apoios para criar
planos de combate. “Para quem acha que estamos perdendo a guerra, lembro que no
máximo estamos perdendo um batalha, venceremos sim a guerra contra o fogo, mas
precisamos, entre outras coisas, de planos estratégicos, ações de médio e longo
prazo, compromissos públicos e ações inter-institucionais”.
Combate ao fogo
Além do corpo de bombeiros de Feira de Santana, Vitória da Conquista e Salvador, também ajudaram no combate ao fogo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a brigada federal Prevfogo Rosely Nunes, as brigadas municipais Bicho do Mato, ACVIB e Radical Chapada, além das brigadas voluntárias Barra de Estiva e Fazenda Igarashi. O governo do estado da Bahia colaborou com um helicóptero e dois aviões de combate ao fogo. Jornal da Chapada com informações do A Tarde e do G1.
Além do corpo de bombeiros de Feira de Santana, Vitória da Conquista e Salvador, também ajudaram no combate ao fogo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a brigada federal Prevfogo Rosely Nunes, as brigadas municipais Bicho do Mato, ACVIB e Radical Chapada, além das brigadas voluntárias Barra de Estiva e Fazenda Igarashi. O governo do estado da Bahia colaborou com um helicóptero e dois aviões de combate ao fogo. Jornal da Chapada com informações do A Tarde e do G1.
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