No
feriado da Semana Santa, integrantes do Clube de Observadores de Aves da Bahia
(COA-BA) e do Parque Nacional da Chapada Diamantina (Parna) estiveram no
assentamento Rosely Nunes, no município de Itaetê, para conhecer a avifauna da
região, além de seus atributos naturais e culturais. Em dois dias de campo, o
grupo verificou a ocorrência de cerca de 90 espécies de aves na área. Segundo
um dos fundadores do COA, Deodato Souza, além de constituir um registro das
espécies, “a lista de aves serve como estímulo para que outros observadores de
aves visitem a região, tanto para ver as espécies registradas, quanto para
‘descobrir’ outras”.
Além
da observação de aves o grupo conheceu a cachoeira Invernada, o rio Una e o
Poço Encantado, distante 12 quilômetros do assentamento. Na comunidade, os
membros do COA realizaram uma reunião com os moradores para conversar sobre a
atividade de observação de aves. Segundo Alex ‘Lukas’, integrante da Associação
de Condutores de Visitantes de Itaetê (ACV-I), que possui um núcleo no
assentamento, a observação de aves é uma novidade. “Pude aprender muito com o
grupo nestes dias. É bom saber que além das cachoeiras e cavernas que existem
na região podemos receber visitantes interessados em observar aves”.
A
comunidade do assentamento Rosely Nunes foi capacitada pelo programa Terra
Sol-Incra para desenvolver atividades de turismo de case comunitária. Nesta
modalidade de turismo é valorizada a interação entre o turista e os moradores
locais. Os serviços relacionados ao recebimento dos visitantes são fontes suplementares
de renda para a comunidade. Quem visita o assentamento pode conhecer seu
cotidiano rural e os atrativos naturais da região. Existem moradores no local
que realizam hospedagem e servem refeições em suas residências. Para o membro
do COA, Alexandre Miranda, a união do ecoturismo com o turismo de base
comunitária foi uma agradável surpresa. ‘Não imaginava que fosse possível unir
o turismo de observação de aves com este contato com a comunidade de um
assentamento rural. Foi muito enriquecedor”.
Para
os administradores do Parque Nacional da Chapada Diamantina, a observação de
aves é uma modalidade interessante a ser desenvolvida em toda a região. Segundo
a analista ambiental do ICMBio, Marcela de Marins, “a observação de aves é uma
atividade que vem crescendo muito no mundo. Os ‘passarinheiros’ são pessoas com
grande consciência ambiental, que valorizam a conservação das áreas naturais.
Por estas características, o Parque Nacional quer estimular o desenvolvimento
da observação de aves”. As informações são do blog mantido pelos
administradores do Parna.
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