As chamas
que atingiram o Parque Nacional da Chapada Diamantina, que completou 30 anos
nesta ultima quinta-feira (17) estão controladas. O órgão que administra o
parque, o Instituto Chico Mendes de Conservação Ambiental (ICMBio), informou
que o momento é de monitorar os locais mais afetados pelas chamas, a região do
Gerais do Vieira, perto do Vale do Capão (Palmeiras) e da Serra do Roncador, em
Andaraí. Em nota
publicada no site oficial do ICMBio, o chefe-substituto do parque, Cesar
Gonçalves comunica que as equipes de brigadistas e bombeiros que estavam em
campo desde o início do incêndio já retornaram à base, em Palmeiras. Ainda
conforme o instituto, o fogo na região do Gerais do Vieira foi extinto e alguns
focos de fumaça ainda resistem em pontos mais altos da Serra do Roncador, em
Andaraí.
O trabalho agora consiste no monitoramento das áreas
atingidas para que o fogo não retorne. “Estamos analisando quanto tempo vai
levar para os focos de incêndio se extinguir, para declararmos que realmente
acabou. Estamos intensificando as ações, monitorando e verificando se ainda tem
algum foco. Estamos na fase final do combate, considera a analista ambiental do
ICMBio, Marcela de Marins. Com o
fogo controlado, o instituto retirou os brigadistas das áreas de combate, na
ultima quinta (17), e os colocou em pontos estratégicos, para fazerem o
monitoramento. “A gente tem agora brigadistas em mirantes, em Capa Bode, em
Mucugê, e na região do Guiné, em pontos altos para observação. Nessas áreas,
eles conseguem ver pela fumaça, quando tem algum incêndio”, explica Marins.
As
aeronaves estão colaborando também com o monitoramento aéreo. O comandante das
ações do Corpo de Bombeiros na Chapada, major Carregosa, explica que a atuação
na região não tem prazo para acabar. “Vamos continuar aqui até que todo o
trabalho de rescaldo seja finalizado e tivermos a segurança de que os incêndios
foram completamente extintos. Algumas áreas são de difícil acesso, mas, somente
nesta quinta-feira, debelamos 18 focos de incêndio em Andaraí”. Para combater o
fogo, o governo enviou 23 bombeiros militares de Salvador e Simões Filho e um
helicóptero para fazer o transporte da equipe que atua em locais de difícil
acesso, como serras e vales. Participam dos trabalhos ainda 30 brigadistas do
ICMBio e 20 voluntários. Dois aviões do ICMBio, que ficam na base de operações
no Aeroporto de Lençóis, são acionados sempre que necessário para jogar água
nos locais onde as chamas atingem maiores proporções. A
Superintendência de Defesa Civil (Sudec) já enviou cerca de 40 kits de proteção
individual para os brigadistas, compostos por bomba costal, botas, mochilas,
máscaras, cantis, luvas, calças e meiões. De acordo com o superintendente de
Proteção e Defesa Civil da Bahia, Rodrigo Hita, o trabalho da Defesa Civil está
articulado com outros órgãos. “Trabalhamos em parceria com a Sema, Inema e
Bombeiros oferecendo treinamento aos brigadistas e cursos de reciclagem”.
A
coordenadora de fiscalização preventiva de campo do Bahia Sem Fogo, Fabíola
Cotrim também acredita na importância do trabalho integrado com os governos do
Estado, Federal e municípios. “Dessa forma conseguimos ter um alcance maior e
controlar essas chamas que costumam aparecer entre os meses de agosto e
setembro. O Bahia Sem Fogo envolve os moradores locais que são essenciais nessa
ação e recebem cursos da Secretaria do Meio Ambiente para poder atuar como
brigadistas”. O programa, criado em 2007, atua tanto na capacitação da
comunidade para atuar como voluntários, quanto na prevenção, combate e
monitoramento do fogo. Com informações da
Secom e do Jornal da Chapada.
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