A atriz transexual Viviany Beleboni, que
interpretou uma crucificação durante a Parada do orgulho LGBT de São Paulo,
recebeu ameaças de morte por conta de sua performance. "Dizem coisas
absurdas: que devo morrer, ser crucificada de verdade, contrair câncer. Acordei
cedo com uma ligação anônima, dizendo que eu iria morrer”, afirmou à Folha de
S. Paulo. Viviany revelou ainda que foi criticada por parte da comunidade LGBT,
por estes acreditarem que “os gays vão ser mais reprimidos, que o preconceito
vai aumentar”. Religiosos como o deputado federal e pastor Marco Feliciano
(PSC) criticaram a interpretação, assim como o arcebispo de São Paulo, dom Odilo
Scherer, que emitiu nota sobre o episódio. "Entendo que quem sofre se
sente como Jesus na cruz. Mas é preciso cuidar para não banalizar ou usar de
maneira irreverente símbolos religiosos, em respeito à sensibilidade religiosa
das pessoas. Se queremos respeito, devemos respeitar", disse. Já o
presidente da Comissão de Direito Constitucional da OAB-SP, Marcelo de Oliveira
Fausto Figueiredo não vê crime no ato. "Foi uma manifestação forte, mas a
meu ver estava dentro da liberdade de expressão."
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